Quantos filmes de LGBT você já viu? E quantos filmes de LGBTs periféricos e negros você já viu?    – é com esse questionamento certeiro que Stheffany Fernanda, uma das diretoras do curta-metragem Perifericú, começa o seu vídeo apresentando o projeto.

O curta é uma produção independente dirigida por Stheffany Fernanda, Vita Pereira, Nayara Mendl e Rosa Caldeira que fala sobre como é ser mulher, negra, negro e LGBT+ nas periferias de São Paulo. A partir da coletividade e do afeto, a ficção conta a trajetória de Denise (Ingrid Martins) e Luz (Vita Pereira), mulheres negras que cresceram em um ambiente com canções de rap, louvores de igreja e passos de vogue, um tipo de dança que se popularizou nos anos 90, principalmente pelo público LGBT, e precisam se virar em um espaço pouco democrático e preconceituoso. 

Com equipe majoritariamente feminina, periférica, LGBT+ e negra, o filme foi contemplado pelo VAI (Valorização de Iniciativas Culturais), projeto da Prefeitura Municipal de São Paulo que fomenta a cultura. O filme é todo ambientado no Grajaú, bairro da zona sul de São Paulo, e foi gravado nos meses de fevereiro e março de 2019.

Atualmente, a equipe busca ajuda no financiamento coletivo para completar a pós-produção. Os valores vão de R$ 10 (agradecimento nos créditos do filme) até R$ 1000 (que faz do doador um patrocinador oficial do curta). A campanha termina na próxima terça (4) e a equipe também aceita contribuições por meio de depósito bancário, basta entrar em contato pelo email babadoperifericoofilme@gmail.com.

“Perifericú fala dos nossos sonhos (ou da ausência deles), sobre cultura periférica, solidão da mulher negra e lésbica, hipersecualização do corpo travesti, religiosidade na quebrada, extermínio de negres e LGBTs+, perrengues e a falta de empatia da burguesia”, conta a equipe.

Para apoiar o curta Perifericú via catarse, só acessar: https://www.catarse.me/perifericu


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falt 4 dias para acabar nossa vaquinha. Compartilhe com as miga tudo! 10 reais já faz toda a diferença! . Contrariando todas as estatísticas de quem e como se faz cinema no Brasil, fizemos @perifericu de forma coletiva. Falamos de sonhos e de futuro, sem a superexploração ou idealização da violência e do nosso sofrimento, tão praticadas pela mídia tradicional. Queremos ressignificar e naturalizar a periferia enquanto um lugar possível. PERIFERICU fala dos nossos sonhos (ou da ausência deles), sobre cultura periférica, solidão da mulher negra e lésbica, hipersexualização do corpo travesti, extermínio dos negres e LGBTs, perrengues e falta de empatia da burguesia. Nossa estética imprime a nossa linguagem, pintosa e periférica, que está presente na cultura hip hop, nos slams de rua, no afrofuturismo, na poesia marginal e no cine guerrilha.

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